19 de abril de 2007

Existe o perfeito?



Desde ontem observamos a grande repercussão na mídia do rapaz que invadiu uma faculdade nos E.U.A e assassinou trinta pessoas. E aí nos perguntamos em que mundo ele vivia para planejar esse ato tão violento?


E nos surpreendemos com a possibilidade de que tudo que existe em nosso planeta é uma reprodução imperfeita do nosso “mundo das formas”. Se esse mundo são as nossas “idéias” e o “mundo dos sentidos” a materialização delas concluímos que os dois mundos são imperfeitos pois não só existem idéias boas como as más também então o que para nós é uma atrocidade aqui isso com certeza seria muito pior “lá”.
Nem no “mundo das formas” e nem no “mundo dos sentidos” encontramos a tão desejada perfeição já que associamos esta palavra a algo extremamente bondoso, intelectual e mais inúmeros adjetivos atribuídos por nós seres humanos dentro de todos os nossos vários ramos de conhecimento.
E nos perguntamos pela primeira vez: O que Platão queria dizer com isso? Não poderia querer afirmar que tudo de maravilhoso acontece no “mundo das formas” poderia?
Será que ele esqueceu que nós como seres humanos não somos perfeitos e que provavelmente nossas idéias também não?


Bem.... afinal nada é tão agradável!


P.s.: Em que mundo o rapaz vivia? No dos sentidos se empregarmos a teoria mas com o das formas bem desajustado.

Um comentário:

Anníbal Montaldi disse...

Novamente interessante as colocações.
Um ponto que talvez tenha ficado mal-entendido.
Olha, Platão considera o 'mundo das formas' somente aquele que dispõe de qualidades que associem a verdade, a virtude e ao bem.
Recordam-se da parte da aula que discute sobre o 'logos' e sobre o 'pathos'?
As ações feitas através ou pelos sentimentos só nos levam a violência, já que está para satisfazer as necessidades do nosso corpo e nossa satisfação pessoal.
Por isto, não há a deformidade do conceito no mundo das formas, não há a não-virtude. Logo, o mundo deste jovem é o mundo sensível, o dos sentidos e de forma alguma dá para associar o ato, segundo Platão, ao mundo das formas. Compreenderam?
Dúvidas falem comigo!
Abraço
Anníbal Montaldi